A indecisão é um ação adiada

Algo em nós quer uma coisa, na exata proporção em que quer o seu oposto. Como se fossemos o centro de uma discussão, onde perdemos o lugar de moderadores.
Porque ambos os lados têm argumentos de peso. Porque qualquer decisão implica largar, escolher, ponderar.
Se observarmos a energia, ela mostrará a metáfora que define o momento. Então teremos também esse ponto de observação.
Mas a decisão, essa, será sempre solitária.
A indecisão surge sempre num ponto de viragem. A nossa vida pede agitação, mudança, ar fresco. Isso chama-se aventura. Por outro lado, quer ficar quietinha, no lugar que domina e conhece tão bem! Isso chama-se estagnação, vestida com a capa afirmativa da estabilidade.
Como decidir? Sinta em silêncio. Para lá de qualquer lógica. Sinta apenas. Onde se sente mais forte? Não queira saber já tudo. Não queira tudo ao mesmo tempo. Não há o certo e o errado, há os momentos certos e aqueles que precisam ser adiados.
Saiba apenas onde tem luz. Depois, só tem de enfrentar o mato, fazer o seu planeamento. Então vem outra pergunta ainda mais profunda: o que preciso neste momento da minha vida?
Não peça mais conselhos. Oiça a voz sábia do seu silêncio. Decida apenas quando estiver realmente consigo e em si. Porque, só nessa altura, terá finalmente a força e a coragem para quebrar o seu muro.

Se precisar de ajuda profissional, disponha. Porque às vezes o que precisamos é de uma lente nova.

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