Aprendendo com um entorse.

Ontem, quando estava a preparar a sala para a aula de meditação com os meus seniores, caí de um degrau, com cadeiras e tudo.

Fiz apenas um entorse, nada demais. Uma rotina que conheço tão bem, sabe-se lá por que o destino achou que eu devia ter aquela experiência, naquele dia, àquela hora.

O que transformou a queda numa “estupidez”. Como se pudesse haver quedas que não fossem estúpidas. E são sempre inoportunas.

Não estamos preparados para que a vida nos altere os planos em segundos, mas, a verdade, é que todos os sentidos se tornam cúmplices, na necessidade de uma imediata reorganização. Se calhar adiamos umas coisas, outras fazemos de outra maneira. Talvez precisemos de ter a humildade de pedir ajuda para algo. No meu caso, uma vizinha muito querida está agora a passear o meu cão.

Fiquei a pensar que a vida tem destas coisas. Aprendemos assim a ser, ou mais proativos, mais flexíveis, mais vulneráveis. E até mais agradecidos.

Há desafios bem mais graves que provavelmente estará a passar. Este meu incidente foi só uma pequena estalada. Mas às vezes precisamos dela, para não desmaiarmos na vida.

Cuidemos da nossa energia como um banho diário. Para que os imprevistos se rendam a ela e se transformem em superação.

É isso que desejo a quem está a passar por muito pior do que eu. Que a superação venha de um lugar de fé, alinhamento e flexibilidade. Aceitar os desafios é meio caminho andado para os ultrapassar, com uma consciência que se expande necessariamente, numa janela aberta para o horizonte.

Vivam o dia com atenção, malta. Para evitar quedas ou, não as evitando, tenham a estrutura necessária para se levantarem sempre, com dignidade e luz.

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