Olha nos olhos.

Não te percas nas palavras que podem sair desajeitadas, impróprias ou até cantarolantes.

Não te percas nos teus silêncios, nem nas tuas mãos, vazias de direção.

Não cedas ao tumulto da tua barriga e à vertigem do teu coração acelerado.

Olha nos olhos. E sorri. Porque nesse momento, estás noutro lugar, onde há um filtro invisível que reduz o momento à mais pura das verdades.

É o olhar que apazigua e centra. É o olhar que te devolve a ti, enquanto mostras ao outro que há um espaço onde ambos se podem encontrar. A empatia existe neste olhar verdadeiro, cheio de silêncios e tão vazio de ruídos ocos.

Olha nos olhos. E vais conseguir encontrar-te no outro lado de ti. Precisamente ali, onde julgavas escorregar.

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