Tapem-se as janelas.
Calem-se essas vozes familiares que não queres reconhecer.
Está na hora de te encontrares contigo.
De te escutares. Convida-te para um bom passeio, uma esplanada simpática ou uma bebida colorida.
Se fosses um carro, para onde seria o seu destino? Estás tu ao volante ou à procura de um motorista? Ou já o tens e não tens mão nele?
Não abras a porta até estares de volta a ti. Se precisares de obras, cá estarei para te ajudar.
Acredita, há estradas que estão à tua espera. Há lugares que precisam da tua pegada. Há pessoas com quem te vais sentir em casa.
Por isso, fecha a porta até ao momento que reconhecerás ser o certo, em que escolherás abri-la de par em par. Quem sabe se essa porta não será então bem maior?
Começa por ti. Para que nunca mais voltes para o banco de trás da tua vida.