Quem não ouviu já esta frase diante de um arrependimento?
Alguém com a melhor das intenções, quis poupar-nos a um passo que ela considerava errado. Que se estava mesmo a ver que não ia correr bem. Alguém viu mais do que o nosso desejo de correr o risco.
Alguém parecia saber o final daquilo que tanto queríamos experimentar.
Avisou, e aquela frase é recebida como um fracasso ou um capricho imaturo com o qual teremos de lidar, entre a frustração e a vergonha, alternadas ainda com a compaixão da pessoa que dominava a verdade.
Não tem de ser assim. Porque há experiências que pedem para serem vividas. Há apelos que voam mais alto que o discernimento. E há ainda bóias com as quais contávamos e que falham na hora da tempestade.
Porque também poderia ter corrido bem e seríamos una heróis, irreverentes e corajosos. Teríamos palmas e vénias e uma história de superação para contar.
Deixemos os palcos dos egos e mergulhemos no erro.
Assumir a falha é uma forma de a superar. Honrar o direito à experiência e lidar com os lados que em nós se revelam, é uma forma de contornar o erro e de o redesenhar.
Não se pode voltar para trás, mas podemos sempre andar para a frente. De cabeça erguida.
Respire fundo e permita que a energia “o” e “a” sirva.