Aqui há dias, quando fiz anos, postei uma foto com a minha avó que morreu quando eu tinha 6 anos.
Num texto muito curto, escrevi tudo o que me recordo dela. E apercebi-me que não sei quem ela foi. O meu pai, seu filho, já não está cá e esse não era assunto normal em família. A história apagou-a, com toda a naturalidade. E não há nada mais triste do que não conhecermos quem permitiu que existissemos. Não há paz maior do que termos claras as nossas raízes.
É assim que nasce a Terapia das Histórias de Vida. Não são biografias, são histórias, contadas por quem ainda cá está e escolhe o que de mais relevante aconteceu na sua vida. E o meu olhar faz o resto..
Tudo com muito amor, respeito e a admiração que merece quem tem tanto para contar. E que paz traz ao seu protagonista, quando lê a sua história a partir de um olhar externo!
Histórias de vida dos avós, dos pais, contadas, idealmente, pelos próprios. As bodas de ouro, de prata. Homenagens, discursos de casamento, festas. Despedidas.
Possam as pessoas que merecem não serem esquecidas. Porque o rasto que deixarem neste documento que fica, levará de certeza, pela vida fora, o conforto e motivação necessários em momentos chave, a novas gerações.
E essa energia é imbatível.